Açougue não foi o primeiro: publicidade constrange a mulher há décadas
Um açougue de Portugal anunciou "vitela branca para assar", "coxa de frango" e "lombo e costeletas" com a imagem de uma moça de biquíni. Após muitas reclamações e o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) denunciar o caso à Comissão de Igualdade de Gênero do governo, a propaganda foi retirada.
A história da mulher é uma constante luta contra a opressão. Há cinco mil anos, elas sofrem todo tipo de constrangimento — são humilhadas, menosprezadas, violentadas, escravizadas. Parece mentira, mas literalmente penduraram as mulheres em ganchos de açougue.
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A autora da proeza misógina foi a revista "Hustler", que colocou na capa, um corpo de mulher retalhado. Essa mesma publicação, que se tornou notória por seu ódio às mulheres, mostrou em outra capa um homem impelindo uma perfuradora na vagina de uma mulher, com a legenda: "preliminares."
Não são poucas as peças publicitárias que reforçam a ideia da mulher como inferior ao homem, que pode fazer dela o que quiser. Descrevo abaixo algumas que mostram a mulher sempre de forma pejorativa, no mínimo, como um ser incompetente e incapaz.
— Foto de um automóvel amassado e a legenda diz que essa é uma das razões para comprar aquela marca, que é barata, porque a esposa em algum momento vai dirigir o carro. (Mulher incompetente pra dirigir)
— Um homem recostado na cama e a mulher, de joelhos, servindo a ele. Legenda da propaganda de gravata: "Mostre a ela que esse é o mundo dos homens"
— Legenda numa marca de alimentos: "Lembre-se que depois de conquistar o marido você ainda precisa segurá-lo."
É importante lembrar que muitas vezes algo que parece tão inocente, como uma propaganda, pode ser profundamente prejudicial por reforçar inconscientemente ideias que já deveriam ter sido reformuladas.
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