Mais casais querem fim da exclusividade sexual; é o fim do amor romântico?
Pensa-se no amor como se ele nunca mudasse. O amor é uma construção social, e em cada época da História ele se apresentou de uma forma. O amor romântico, pelo qual a maioria de homens e mulheres do Ocidente tanto anseiam, prega a ideia de que os dois se transformarão num só.
Entretanto, a busca da individualidade caracteriza a época em que vivemos; nunca homens e mulheres se aventuraram com tanta coragem em busca de novas descobertas, só que, desta vez, para dentro de si mesmos. Cada um quer saber quais são suas possibilidades, desenvolver seu potencial.
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Esse tipo de amor propõe o oposto disso – a fusão de duas pessoas –, o que começa a deixar de ser atraente. O amor romântico começa a sair de cena levando com ele a sua principal característica: a exigência de exclusividade. Sem a ideia de encontrar alguém que lhe complete, abre-se um espaço para novas formas de relacionamento amoroso, com a possibilidade de se amar e de se relacionar sexualmente com mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
O sociólogo inglês Anthony Giddens chama de "transformação da intimidade" um fenômeno sem precedentes com milhares de homens e mulheres. Eles, estimulados pelos amplos movimentos sociais atuais, estão tentando, consciente e deliberadamente, desaprender e reaprender a amar.
Penso que para uma relação a dois valer a pena, alguns fatores primordiais: total respeito ao outro e ao seu jeito de ser, suas ideias e suas escolhas. Nenhuma possessividade ou manifestação de ciúme que possa limitar a vida do parceiro (a). Poder ter amigos e programas em separado.
Nenhum controle da vida sexual do parceiro (a), mesmo porque é um assunto que só diz respeito à própria pessoa. Poucos concordam com essas ideias, na medida em que é comum se alimentar a fantasia de que só controlando o outro há a garantia de não ser abandonado.
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