Anel peniano com pregos já foi usado para reprimir a masturbação
As pessoas sentem cada vez menos vergonha de experimentar novas maneiras de prazer sexual. Os homens, que se libertam do mito da masculinidade, tendem a favorecer o prazer maior da parceira como algo natural. E, dessa forma, descobrem que tanto na masturbação como na relação com o parceiro novas sensações sexuais podem ser experimentadas.
Mas nem sempre foi assim. Em 1802, na Inglaterra, foi fundada uma Sociedade para a repressão do vício; ligas desse tipo se multiplicaram até o fim do século 19 em toda a Europa ocidental. Com o objetivo de impedir a atividade masturbatória, várias invenções proliferaram.
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A mais conhecida era a atadura antimasturbação do Dr. Lafond. Os órgãos genitais eram escondidos embaixo de envelopes que permitiam a excreção da urina. Por baixo disso um cofre da forma e do tamanho do pênis o vestia de ouro ou prata, garantindo que estava ao abrigo de qualquer tentação.
Um médico inglês criou um cinto de castidade solidamente fechado com ferrolho para o dia e um anel peniano de metal com quatro pregos voltados para dentro para a noite. O homem seria despertado à menor ereção. Havia também um detector de ereção ligado a um fio que ficava ao lado do quarto dos pais do jovem. À mais leve ereção, uma espécie de sino tocava, alertando os pais para a ereção do filho.
O meio mais simples e mais comum, recomendado pelo Dr.Simon, em seu livro, em 1827, é amarrar as mãos do paciente às barras da cama durante a noite. Para o Dr.Acton, havia também o "procedimento habitual que consiste em agasalhar as mãos ou em empregar uma espécie de camisa de força. Cuecas, faixas, cintos de todos os tipos são inventados.
Em 1860, um "bazar cirúrgico" parisiense oferece uma ampla gama de meios para formar "uma barreira intransponível contra os hábitos solitários condenados pela religião e pela sociedade". Havia também travas para os braços e pernas e "luvas" de metal formando um ralador, para as mãos"
Aconselhavam os pais a não deixar os filhos sozinhos por muito tempo, evitar-lhes o calor e os vapores do leito. Desaconselhavam andar a cavalo e o uso da máquina de costura, que a própria Academia de Ciências, na França, chegaria a denunciar. Para as meninas eram indicados os "cintos de contenção" ou, se o "mal" persistisse, praticavam-se intervenções cirúrgicas para reprimir o "mal", com a cauterização da uretra ou a ablação do clitóris. Os médicos mais respeitados a praticavam sem hesitação. Alguns especialistas se vangloriavam de ter "curado" várias meninas, queimando seu clitóris com ferro quente.
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