É possível uma vida a dois satisfatória
A vida a dois numa relação estável torna-se cada vez mais difícil de suportar diante das transformações e apelos da sociedade atual. A família não é mais necessária para a sobrevivência da espécie nem o casamento é um vínculo divino, uma aliança entre duas famílias ou uma união econômica, que durante tanto tempo justificaram a sua existência.
O que ele proporciona hoje, na maioria das vezes, é um modo de vida repressivo e insatisfatório. Muitos discordam dessa ideia alegando que o casamento deve ser conservado por causa da felicidade que pode proporcionar. Mas o problema não consiste em saber se o casamento encerra uma potencialidade de felicidade, mas sim se a realiza.
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Não, não realiza e todos sabem disso. Na televisão, por exemplo, os programas de humor, a publicidade, as novelas não se cansam de mostrar o pesado fardo que é manter uma união conjugal. Entretanto, o desamparo em que o ser humano vive desde o nascimento, aliado à única possibilidade que lhe é oferecida socialmente — o casamento — faz com que a maioria dos indivíduos continue desejando uma relação amorosa estável com uma única pessoa.
Apesar de hoje observarmos o surgimento de novas formas de amar, acredito que uma vida a dois pode ser satisfatória. Para isso precisamos nos livrar do modelo que nos foi imposto e, que sem perceber, acabamos absorvendo.
Para uma relação a dois valer a pena, alguns fatores primordiais: total respeito ao outro e ao seu jeito de ser, suas ideias e suas escolhas. Nenhuma possessividade ou manifestação de ciúme que possa limitar a vida do parceiro. Poder ter amigos e programas em separado.
Poucos concordam com essas ideias, na medida em que é comum se alimentar a fantasia de que só controlando o outro há a garantia de não ser abandonado.
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