A ausência de contato físico com a pessoa amada durante a pandemia
O epidemiologista Neil Ferguson insistia na importância de manter o confinamento e defendia que o isolamento social continuasse em vigor no Reino Unido até que os cientistas encontrem uma vacina eficaz contra o coronavírus. Ele foi coautor de um relatório que previa até meio milhão de mortos pela Covid-19 se o governo não endurecesse sua estratégia.
Após receber a namorada, o assessor do governo britânico se demitiu por ter violado o isolamento por ele proposto, o que foi denunciado pelo jornal The Daily Telegraph.
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Não é fácil de lidar com a ausência física da pessoa amada em tempos de isolamento. A necessidade de tocar, abraçar e acariciar é uma constante. A pele, o maior órgão do corpo, até há pouco foi negligenciada.
Ashley Montagu, um especialista americano em fisiologia e anatomia humana, se dedicou, por várias décadas, ao estudo de como a experiência tátil, ou sua ausência, afeta o desenvolvimento do comportamento humano. A seguir algumas de suas considerações.
A linguagem dos sentidos, na qual podemos ser todos socializados, é capaz de ampliar nossa valorização do outro e do mundo em que vivemos, e de aprofundar nossa compreensão em relação a eles. Tocar é a principal dessas linguagens. Nosso corpo é o maior playground do universo, com mais de 600 mil pontos sensíveis na pele.
O sexo tem sido considerado a mais completa forma de toque. É possível ficar muito tempo acariciando alguém sem repetir nunca a mesma sensação. Em seu mais profundo sentido, o tato é a verdadeira linguagem do sexo. É principalmente através da estimulação da pele que tanto o homem quanto a mulher chegam ao orgasmo, que será tanto melhor quanto mais amplo for o contexto pessoal e tátil.
Montagu acredita que a estimulação tátil é uma necessidade primária e universal. Ela deve ser satisfeita para que se desenvolva um ser humano saudável, capaz de amar, trabalhar, brincar e pensar de modo crítico e livre de preconceitos.
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