Só existem dois motivos para uma pessoa não ser feminista
"Condenamos esse adjetivo porque ele procura desqualificar uma reivindicação legítima. Se você quiser saber quem eram os nazistas e o que eles fizeram, visite-nos", diz a campanha, que em 24 horas já alcançou mais de 30 mil visualizações.
O adjetivo em questão é "feminazi", para se referir de forma pejorativa aos movimentos feministas em todo o mundo. A contestação acima foi parte de uma campanha, compartilhada nas redes sociais, pelo Museu da Memória e Tolerância da Cidade do México, que tenta combater o estereótipo que críticos tentam colar em quem defende os direitos das mulheres com mais veemência.
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A reação à luta das mulheres não é novidade. Nos Estados Unidos, na década de 1980, um movimento conservador tentou convencer a todos que as mulheres haviam perdido muito com sua revolta contra a histórica opressão masculina. A revista Newsweek informou que o estresse atacava mulheres, que agora eram executivas de empresas. As mulheres solteiras e independentes estavam "deprimidas e confusas" devido à "falta de homens", disse o New York Times.
Uma terapeuta americana conclama os casais a não se separar, mesmo havendo insatisfação na vida a dois; outra americana prega em seu livro que as mulheres devem obedecer e ser submissas a seus maridos; jovens declaram não querer ter profissão, mas se realizarem como donas-de-casa; cantoras famosas defendem a virgindade feminina. A Harper`s Bazar, revista de moda, opinou dizendo que o movimento feminista deu às mulheres mais perdas do que ganhos.
Apesar de haver tentativas para limitar os avanços do movimento feminista, ele se consolida cada vez mais nos países ocidentais. O caminho para uma igualdade entre homens e mulheres ainda é longo, mas as mudanças parecem ser irreversíveis. Considero haver apenas dois motivos para alguém não ser feminista: desconhecer totalmente a História ou não se importar que as mulheres continuem sendo oprimidas, espancadas, violentadas.
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