Ainda é tabu falar de masturbação, mas ela é essencial para a vida sexual
No blog da Mayumi Sato, na Universa, um levantamento feito pelo PornHub (maior e mais assistido site de pornografia do mundo), traz dados interessantes sobre a masturbação. Alguns dos que vão surpreender muita gente são o de que mulheres são 24% mais propensas a buscar vídeos de masturbação do que homens, e de que a tendência a assistir esses vídeos de masturbação é maior entre pessoas com mais de 60 anos, em comparação com quem tem menos de 34.
Apesar de ser o ato mais frequente da sexualidade humana, a masturbação ainda é envolta em tabu. Por conta dos preconceitos encontramos pessoas culpadas e amedrontadas com seus próprios desejos e com a forma de realizá-los. Isso impede que a masturbação se torne a experiência libertadora e satisfatória que ela pode ser.
Hoje, sabemos que a masturbação na infância é importante, já que equivale à autoexploração do corpo. Na adolescência, ela é vista pelos especialistas como uma prática fundamental para a satisfação sexual na vida adulta, por permitir um autoconhecimento do corpo, do prazer e das emoções. E na vida intrauterina?
Um relato de um grupo de obstetras italianos publicado no American Journal of Obstetrics and Gynecology descreve atividade masturbatória de um feto do sexo feminino durante um exame por ultrassom. Eles observaram um feto, na 32ª semana de gestação, tocando a vulva com os dedos de sua mão direita. O movimento acariciante concentrou-se principalmente na região do clitóris.
Os movimentos pararam após 30 a 40 segundos, recomeçando logo depois. Esses leves toques eram repetidos e associados a movimentos curtos e rígidos da pélvis e pernas. Após outra pausa, além desse comportamento, o feto contraiu os músculos do tronco e dos membros, seguindo-se contrações musculares rápidas. Por fim, ela relaxou e descansou. Vários médicos e a mãe observaram esse comportamento durante vinte minutos.
O autoerotismo feminino desafia a utilização do corpo da mulher como veículo do prazer masculino. As mulheres descobrindo seus próprios corpos tendem a buscar, cada vez mais, o prazer sem vergonha ou culpa. Numa de suas pesquisas o sexólogo americano John Money constatou que quando se trata de observar pessoas fazendo sexo, as mulheres se excitam tanto quanto os homens.
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