Existe um povo que vive o amor de um modo muito diferente do que conhecemos

Ilustração: Caio Borges
Durante muito tempo as pessoas tiveram que se enquadrar em modelos. Mas de uns tempos pra cá os modelos tradicionais deixaram de dar respostas satisfatórias e se abriu um espaço para cada um escolher sua forma de viver. Mas nem sempre é fácil conciliar o que acreditamos com a expectativa da família e amigos em relação ao nosso comportamento. É importante saber que a forma de se relacionar no amor é aceita ou não dependendo de cada cultura.
Os escritores Leonie Linssen e Stephan Wik relatam em seu livro um aspecto na vida dos Na. Eles são conhecidos em chinês como "Mosuo" e vivem às margens do belo lago Lugu, no sopé do Himalaia. Constituem uma sociedade matrilinear, em que a mãe é o centro da família. Os Na adotam um sistema de "casamento de visita" em que os homens saem de casa para visitar a casa da(s) parceira (s). Tradicionalmente, tanto homens como mulheres podem ter múltiplos parceiros.
O interessante é que não existe no idioma Na uma palavra para "ciúme". Os relacionamentos se baseiam no afeto mútuo, e quando um dos parceiros (ou ambos) perde o interesse, o relacionamento termina amigavelmente. Um estudioso americano que visitou recentemente os Na comentou que "os Na inegavelmente preservam uma cultura mais afetuosa do que a nossa. O suicídio é raro e não se ouve falar em assassinatos".
Os autores acreditam que vale a pena refletir sobre o fato de que uma sociedade em que mulheres e homens são livres para ter múltiplos parceiros, sem sentir vergonha ou reprovação, abriga uma população mais generosa e afável.
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