Menos famoso do que "Kama Sutra", "Livro das Almofadas" também fala de sexo

Ilustração: Caio Borges
Menos conhecido no Ocidente do que o "Kama Sutra" é o "Livro das Almofadas". Escrito em 2500 a.C., ele foi encomenda do Imperador chinês Huang-Ti. Sob a forma de diálogo, o primeiro manual da sexualidade que se tem notícia tinha por objetivo auxiliar na satisfação dos casais.
O "Livro das Almofadas" aceita a maioria das atividades sexuais como normal. O taoísmo considera o sexo um ritual sagrado, mas incentiva a alegria durante a batalha na cama. Segundo a filosofia taoísta, há uma luta, um confronto entre forças, vantajoso para os parceiros. A excitação de ambos é fundamental; para os chineses não se deve praticar o sexo se não estivermos em pleno auge do ânimo. Eles consideram a falta de excitação como a principal causa da impotência.
A terminologia do tao possui um brilho próprio. O vocabulário invoca imagens da natureza muito poéticas para falar de sexo:
Orgasmo: estouro de nuvens, tufão.
Pênis: pico, talo ou haste, raiz de jade, pilar do dragão celestial, cabeça de tartaruga, pássaro vermelho, cogumelo entumescido.
Vagina: portal de jade, pavilhão, portão rubro, flor de peônia aberta, lótus dourada, vaso receptor, portal de coral, terraço de joias, vala dourada, pérola no degrau.
O "Livro das Almofadas" enfatiza as preliminares. Abraços, beijos, carinhos suaves são o início de qualquer relação sexual. A mulher apalpa o talo para a energia Yin fluir. Mas mesmo que pareça aos amantes que o momento da penetração chegou, é preciso resistir, e excitar-se mais, ensina o tao.
Utilizando a terminologia, é assim descrito o coito: o talo de jade paira sobre o portão rubro, carinhosamente, enquanto acaricia o terraço de joias (clitóris). Quando a lubrificação chegar ao ponto, o homem deve enterrar fundo, com movimentos circulares e alternando estocadas profundas. Depois mover-se rápido como um rato perseguido até a sua toca.
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