Mais um passo para a aceitação da diversidade
O site oficial da OMS (Organização Mundial da Saúde) compartilhou a publicação de um novo manual de Classificação de Doenças, conhecido também como CID – em que a anuncia a a medida de retirar a transexualidade da lista de doenças mentais da agência da ONU (Organização das Nações Unidas).
Lale Say, coordenadora da Equipe de Adolescentes e Populações em Risco da OMS, diz que as evidências agora são claras de que a incongruência de gênero não é um transtorno mental, e classificá-la desta maneira causa enorme estigma para as pessoas transgênero.
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A psicóloga americana Kristina Olson, que dirige um dos principais centros de pesquisa do mundo sobre pessoas transgêneros — aquelas que não se sentem identificadas com o seu corpo, ou seja, sua identidade de gênero é diferente daquela designada no nascimento — conta que muitos adultos já sabiam que eram transgêneros desde crianças, mas ignoravam a palavra adequada para isso.
Pela história, desde a Antiguidade, há diversos exemplos de pessoas transgêneros. Um deles é o mito grego de Tirésias, profeta cego de Tebas – famoso por ter passado sete anos transformado em uma mulher. Outro, o imperador romano Heliogábalo se casou formalmente com um escravo, adotou o papel de esposa e oferecia metade de seu império ao médico que o equipasse com uma genitália feminina.
Transexuais vieram à superfície social há pouco tempo e são alvo de muitos preconceitos. Afinal, aceitar a ideia de que um homem deseja ser uma mulher e vice-versa é difícil de ser digerida pelos conservadores, que não aceitam quem escapa dos modelos.
Por isso há tanto preconceito e, consequentemente, tanto sofrimento.
Por que tanto preconceito? Olson acredita que conforme formos conhecendo pessoas transgênero, passamos a ser mais tolerantes com a diversidade. Sem dúvida, a retirada da transexualidade da lista de doenças mentais é uma grande contribuição para isso.
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