Inveja do par: quando o sucesso de um faz o outro se sentir fracassado
No início do século 20, as mulheres sentiam inveja da vida que os maridos levavam. Viviam num mundo em que quase todas as satisfações de prestígio e de importância convergiam para o homem. Ao contrário, elas eram consideradas incompetentes e desinteressantes, e lhes eram negadas quase todas as experiências do mundo.
A expectativa em relação à mulher casada, principalmente se o marido desempenhasse bem seu papel social, era a de que se contentasse com a vida em família. Ela não deveria desejar nada além disso, nem ter vontade própria. Após as mudanças ocorridas a partir da década de 1960, parece que a inveja não é somente da mulher.
Um estudo, realizado por pesquisadores da Universidade da Flórida, concluiu que a autoestima de um homem pode ficar abalada quando sua parceira se destaca. Foram encontradas evidências de que muitos interpretam automaticamente o sucesso de uma parceira como o seu próprio fracasso, mesmo quando eles não estão em concorrência direta.
Mas pode existir inveja pelas características de personalidade do outro. Há quem diga até que a inveja nasce espontaneamente da admiração. O invejoso admira o invejado, desejaria estar em seu lugar, ser como ele é e não consegue.
O pior é quando o invejoso, não suportando a sua própria inveja, passa a depreciar no outro, justamente os aspectos que gostaria de possuir. Ou então, o que também ocorre com frequência, sutilmente sabota as realizações do parceiro, numa tentativa desesperada de diminuir seu sentimento de inferioridade.
Na fase do encantamento apaixonado a inveja não se manifesta. O que as pessoas vivenciam é a ilusão da fusão romântica, em que os dois se transformam num só. Nesse momento não se deseja nada do outro além do seu amor. Contudo, sabemos que esse período inicial de paixão não resiste à convivência cotidiana.
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