Quando descobri que minha filha gosta de meninas
Um mãe, professora de jornalismo, acostumada a defender respeito e aceitação diante das diferenças, diz ter "perdido o chão" quando sua filha, aos 15 anos, lhe contou ter certeza de gostar de meninas. Mas o primeiro movimento foi o de acolher a filha. A partir daí, refletiu sobre seus preconceitos e criou um canal no YouTube para "acalmar" quem tem filho (a) LGBT.
Ela acredita que o fim da discriminação passa por aceitar e falar aos quatro cantos que a homossexualidade não tem nada de anormal. "É um desserviço pensar que homossexuais não devem se beijar em público 'porque crianças podem ver'. Se as crianças forem ensinadas a lidar com um beijo gay da mesma forma com que lidam com um beijo hétero, o preconceito acaba", diz a mãe.
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Concordo inteiramente com essa ideia e com a importância de os pais se livrarem das crenças equivocadas aprendidas e, assim, darem todo o apoio que a filha necessita. Afinal, é na adolescência que a orientação afetivo-sexual se define. Assustada, a jovem, muitas vezes, não consegue admitir nem para si mesma seus sentimentos e desejos. Sabe que são proibidos e fica confusa.
A dificuldade de uma mãe aceitar a homossexualidade da filha se deve, entre outras razões, à expectativa criada em relação ao seu comportamento. Desde pequenas as meninas são educadas para o casamento com o sexo oposto e para o papel materno. O mesmo conflito que surge na adolescência, quando percebem que seu desejo amoroso e sexual é dirigido para pessoas do seu próprio sexo, é vivido pelos pais, que reagem de variadas formas.
Contudo, homens e mulheres homossexuais precisam lutar para serem autônomos, não se submetendo aos valores impostos nem absorvendo os preconceitos da sociedade. Sem dúvida, ser homossexual não significa infelicidade, da mesma forma que ser heterossexual não garante felicidade a ninguém.
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