"Vivi um amor à primeira vista, mas ele não me procurou mais"
"Mês passado, uma amiga me disse que queria me apresentar a seu primo, que se separou recentemente. Quando o conheci, numa festa, passamos a noite toda conversando e, no final, nos beijamos apaixonados. Senti que para nós dois foi amor à primeira vista. Só que ele não me procurou e não retorna às minhas ligações. Não sei o que houve. Estou sofrendo porque sei que o amo e não quero perdê-lo."
***
Conhecer alguém numa festa ou em outro lugar qualquer, conversar alguns minutos e se sentir completamente apaixonado; não conseguir dormir direito pensando naquela pessoa, ficar enlevado, fazer planos, imaginar situações. Isso acontece com muita gente. Amor à primeira vista? Não acredito nisso. Acredito, sim, em tesão à primeira vista. Mas como desde cedo aprendemos a confundir amor com desejo sexual, chamamos uma coisa de outra.
Na maior parte das vezes, a emoção que se sente, nesse caso, não é a do amor verdadeiro nem a do desejo sexual perturbador. O mais comum é que esse amor — em que não se conhece nada do outro —, seja do tipo romântico. Nele não se percebe a pessoa real como ela é, e a paixão é pela imagem que se constrói dela, pelo que se gostaria que ela fosse. Ansiosos por experimentar as emoções tão propaladas desse amor, quase todos no mundo ocidental constroem a história que bem entendem, sem nem se dar conta disso.
Há quem questione se o amor à primeira vista pode ser duradouro. Na realidade, não faz muita diferença ser à primeira, à sexta ou à décima vista. A questão é outra: se entre a pessoa real e a imagem que se formou dela existe grande distância. Se existir, em pouco tempo o namoro ou casamento se torna insuportável. Não tendo mais como manter a idealização, por conta da convivência diária, as características de personalidade do outro que não nos agradam, agora são percebidas, comprometendo a relação.
Porém, isso não acontece somente no amor à primeira vista. Pode ocorrer em qualquer experiência amorosa, desde que se enxergue o outro através da névoa do mito do amor romântico.
Você também vive um conflito amoroso e sexual? Escreva para blogdaregina@bol.com.br e conte sua história em até 12 linhas. Ela pode ser comentada aqui no blog e sua identidade não será revelada.
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