Recaída pode se tornar repetição do que já não deu certo
Muitos dizem que quando um casamento não vai bem, as pessoas se separam facilmente. Mas isso não ocorre na maioria dos casos. Concretizar uma separação não é nada fácil — já que a própria vida a dois induz a uma relação simbiótica —, a negação dos aspectos insatisfatórios pode levar a uma permanência muito maior do que a desejada.
Após longo período de insatisfação conjugal, e não vendo outra saída, não são poucos os que optam pela separação. Mas a recaída após essa decisão é comum de acontecer — os dois reatam o relacionamento.
As pessoas se casam por amor. Como o amor romântico é construído em cima da idealização, o parceiro, imagina-se, preenchia uma falta, e na separação ele deixa um espaço vazio, como se levasse com ele o que fazia parte também do outro.
Muitas vezes, a mágoa, a raiva e o ódio são causados pela constatação de que ao ir embora o parceiro frustrou a expectativa de complementação. Na maioria dos casamentos, as pessoas abrem mão da liberdade e da independência e por isso se tornam mais frágeis em caso de ruptura.
Entretanto, o cônjuge rejeitado não é o único a sofrer. Há casos em que o parceiro que não deseja mais permanecer junto se vê ressentido, responsabilizando o outro pela diminuição do seu próprio desejo sexual e pelo fato da convivência cotidiana não lhe proporcionar mais prazer.
A dor de desfazer a fantasia do par amoroso leva — mesmo sabendo-se que não existe nenhuma chance — à constante tentação de restabelecer o antigo vínculo. A reconstituição do casamento, geralmente, dura pouco tempo e quando ocorre a segunda separação o outro, aquele que nunca desejou se separar, volta a sofrer tudo novamente.
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