"Vitrine virtual" dos apps muda a maneira como buscamos novos amores
Atualmente, vivemos a Era dos Aplicativos: um sistema aberto com conexão permanente entre as pessoas e com total mobilidade, independente de tempo e espaço. O sistema de geolocalização presente nos aplicativos de encontros, permite localizar e encontrar pessoas que estejam próximas. A busca amorosa por meio de aplicativos para celular ganham cada vez mais espaço.
A chegada dos aplicativos para encontros com sistema GPS foi uma descoberta do mundo gay. Havia uma necessidade de facilitar os encontros casuais com discrição em um mundo cada vez mais complexo e veloz, mas ainda carregado de preconceitos. Joel Simkhai, um israelense, criou em 2009 o Grindr, primeiro aplicativo de sucesso entre o público gay. Hoje existe uma variedade de aplicativos direcionados a gays, bissexuais e simpatizantes e também ao público heterossexual, que aderiu com entusiasmo à descoberta.
O Grindr é um dos apps gays mais procurados. É utilizado para sexo rápido, mas também para amizade, namoro ou casamento. Está atualmente está em 192 países, totalizando 5 milhões de usuários móveis. Todos os dias dez mil pessoas criam perfis no site. O Brasil possui 157 mil usuários do Grindr. São Paulo e Rio de Janeiro são as cidades que mais usam o aplicativo no país.
A hiperexposição que a WEB trouxe para o mundo das relações amorosas transformou radicalmente os encontros iniciais. Os sites e redes sociais informam todas as intimidades como se expostas numa vitrine virtual. Essa é a paisagem ideal para a dominação dos aplicativos que deixam claro todas as necessidades, interesses e combinações possíveis. A racionalidade toma a frente da cena e antes do primeiro encontro já pode-se obter, por meio do Facebook ou Google, por exemplo, muitas informações sobre o outro. Logo se sabe o que o outro gosta ou não.
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