Dependência emocional e amor se confundem
Comentando a Pergunta da Semana
A maioria das pessoas que respondeu à enquete da semana acredita que a dependência emocional é inevitável num casamento.
Não são poucos os casais que vivem numa relação fechada, que pode servir de proteção do mundo exterior.
Ambos podem se tornar dependentes um do outro e do próprio relacionamento. Alcançar um equilíbrio entre autonomia e dependência não é nada simples.
A terapeuta de casais belga, radicada no Estados Unidos, Esther Perel, diz que as coisas se complicam quando você percebe que uma de nossas maiores necessidades, em termos de desenvolvimento, é autonomia.
Desde que aprendemos a engatinhar, trilhamos os traiçoeiros caminhos da independência numa tentativa de equilibrar nossa necessidade fundamental de ligação com a de experimentar o que somos capazes de fazer.
Precisamos que nossos pais cuidem de nós, mas também que nos deem espaço suficiente para estabelecer nossa liberdade. Queremos que eles nos segurem e nos soltem. A vida toda, andamos às voltas com essa interação entre dependência e independência.
Perel acredita que na vida a dois não queremos jogar fora a segurança porque nossa relação depende dela. Uma sensação de segurança física e emocional é fundamental para uma ligação saudável.
"Mas sem um componente de incerteza não há desejo, não expectativa, não há frisson. A paixão numa relação é proporcional ao grau de incerteza que você pode tolerar.", diz ela.
A dependência emocional entre um casal é encarada por todos com naturalidade porque se confunde com amor.
Essa dependência que se tem do outro pode levar as pessoas continuarem juntas, acomodadas, dando a impressão de estarem anestesiadas.
E quando alguém fica junto por hábito ou dependência emocional, não é raro desencadear um sentimento de ódio pelo outro, mesmo que inconsciente.
Na maioria das relações estáveis, homens e mulheres abrem mão da liberdade e da independência, tornando-se mais frágeis em caso de ruptura.
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