"Ele está se separando da esposa...e o quero para mim!"
Comentando o "Se eu fosse você"
A questão da semana é o caso da mulher cujo homem amado está se separando da esposa e ela não sabe como agir para que ele fique com ela. Durante muito tempo ela deve ter se sentido "a outra". Afinal, é comum a mulher que transa com homem casado, "a amante", ser vista como transgredindo os valores morais, a destruidora de lares.
Socialmente, muitos a desvalorizam, alegando que são inferiores por se contentar com migalhas. Várias expressões pejorativas são empregadas para mostrar como essas mulheres são percebidas. "Não ser a matriz, e sim, a filial", é uma das acusações que sofrem, além de terem que ouvir afirmações como: "Se ele te amasse, largaria a mulher para ficar com você."
Claro que tudo é diferente quando se trata do homem. Numa sociedade patriarcal, ele é valorizado quando se relaciona com a mulher casada. Afinal, imagina-se que ganhou a competição com o marido enganado. Não é isso que se espera de um homem? Força, sucesso, poder, coragem e ousadia? O prestígio dele aumenta. Acredita-se que seja mais competente sexualmente do que o marido, que fica estigmatizado como "corno", e é acusado de não ter sabido segurar a mulher, de não saber se fazer respeitar.
Entretanto, as relações extraconjugais se tornam cada vez mais comuns para os dois sexos, e cresce o número de mulheres solteiras, separadas ou mesmo casadas, que se relacionam com homens casados. Mas como se sentem essas mulheres?
Uma vez que, de maneira geral, as pessoas estão submetidas a um modelo de relacionamento amoroso, a maioria delas acaba se sentindo inferior, competindo com a esposa e sofrendo porque o homem não opta por uma relação estável com ela. A questão é que não adianta transgredir só nas atitudes. É importante que se modifique também a maneira de pensar, a visão que se tem do amor.
Apesar de todas as transformações ocorridas nas últimas décadas, a grande maioria das mulheres ainda acredita que só pode ser feliz se tiver um parceiro fixo e estável ao lado, e assim se sentir protegida e valorizada. Será que não está na hora de refletir sobre as crenças e os valores que nos foram ensinados?
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