As diversas fantasias do prazer
Comentando a Pergunta da Semana
A imensa maioria, 98%, que respondeu à enquete da semana comprova que quase todas as pessoas têm fantasias sexuais. A variedade é grande: cenas, lugares, pessoas… A grande vantagem das fantasias é poder inventá-las da maneira que se quiser. Cada um é dono do seu próprio espetáculo: decide o elenco, o argumento, a direção, a edição, os ângulos de câmera e os efeitos especiais.
Contudo, nem todos se sentem tranquilos dando asas livremente à imaginação. Como as fantasias são geralmente associadas à ideia de desvio sexual, fantasiar o que não é aceito socialmente — relações incestuosas, homossexuais, sadomasoquistas, sexo grupal — pode gerar forte sensação de inadequação e ameaçar pelo temor de que acabe se tornando realidade.
Num estudo da universidade americana de Colúmbia, o psicanalista G. Fogel afirma que virtualmente todos têm fantasias sexuais aberrantes, embora nem sempre conscientes do fato. Ele também admite que elas são tão frequentes nas mulheres como nos homens. A questão é que como ninguém tem coragem de contar suas fantasias, todos se assustam, pensando que são os únicos a tê-las. É comum as pessoas se sentirem culpadas por suas fantasias.
Uma pessoa pode sonhar com quem desejar e imaginar qualquer cenário e ritual para um encontro amoroso. Mas pesquisas indicam que as fantasias geralmente envolvem parceiros conhecidos, um ex-amor ou o marido da vizinha, ou mesmo a balconista do mercado. Os locais escolhidos também costumam ser bastante comuns. As atividades imaginadas se abrem para um arco que vai do romantismo açucarado até os malabarismos mais circenses.
As fantasias se prestam basicamente para elevar o nível de excitação. É provável que pertençam a uma área de repouso da experiência humana, livre de explicações racionais. E, dependendo das fantasias, mais prejudicial do que elas acontecerem na realidade é o sentimento de culpa que provocam.
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