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Regina Navarro Lins

Não há limite de idade para aproveitar o sexo

Regina Navarro Lins

16/11/2017 00h00

A direção do asilo Lar de Edith Scarborough, em Londres, surpreendeu a Inglaterra e o mundo ao decidir pela expulsão de um grupo de idosos. O motivo? Foram surpreendidos tentando fazer uma orgia ao som de rumba. As idades eram entre os 78 e 85 anos! Os idosos buscavam atividades mais excitantes para o ócio, mas a gerência do lar mandou-os embora…

Entretanto, no caminho inverso, o Hebrew Home, em Nova York, um lar de idosos, incentiva relações sexuais entre seus residentes. As enfermeiras e cuidadoras do lar não tentaram impedir que Audrey Davison ficasse às sós no quarto com o colega.

É a "política de expressão sexual" desse lar do Bronx. Uma cuidadora fez até uma placa "Não perturbe" para pendurar do lado de fora do quarto. "Eu gostei, e ele foi um amante muito bom", disse Davison, de 85 anos. "Isso fazia parte de nossa proximidade: tocar fisicamente e beijar." Esses namorados desafiam as noções tradicionais do envelhecimento.

Não há limite de idade para a prática de sexo segundo os principais estudos sobre o tema, mas sobram preconceitos contra a velhice — os idosos seriam improdutivos, incapazes de mudanças, senis. Isso os levariam a serem considerados assexuados, como se sexo e juventude fossem sinônimos. Por essa lógica, o homem estaria condenado à impotência e a mulher, após a menopausa, não se interessaria mais pelo assunto. E isso não é verdade.

Sobre a autora

Regina Navarro Lins é psicanalista e escritora, autora de 12 livros sobre relacionamento amoroso e sexual, entre eles o best seller “A Cama na Varanda”, “O Livro do Amor” e "Novas Formas de Amar". Atende em consultório particular há 45 anos e realiza palestras por todo o Brasil. É consultora e participante do programa “Amor & Sexo”, da TV Globo, e apresenta o quadro semanal Sexo em Pauta, no programa Em Pauta, da Globonews. Nasceu e vive no Rio de Janeiro.

Sobre o blog

A proposta deste espaço interativo é estimular a reflexão sobre formas de viver o amor e o sexo, dando uma contribuição para a mudança das mentalidades, pois acreditamos que, ao se livrarem dos preconceitos, as pessoas vivem com mais satisfação.

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