"Não consigo controlar o meu ciúme. O que eu faço?"
Ilustração: Caio Borges
"Tenho 34 anos, sou separada e tenho um filho. O maior problema na minha vida é que não consigo controlar o ciúme. Eu namorava um homem há quase um ano e estava completamente apaixonada por ele. Fiz uma loucura e o perdi. Estávamos meio brigados e ele não me ligou na quinta nem na sexta-feira. Esse é o dia que ele sai do trabalho e vai com os colegas tomar um chope. Fui ao bar que ele frequenta. Havia duas mulheres, que trabalham com ele, na mesa. Fiz um escândalo, agredi as colegas dele e o deixei bem constrangido. O que eu faço agora pra reconquistá-lo?"
***
A maioria das pessoas resolve bem as questões práticas da vida. Conseguem trabalho, alugam apartamento, brigam com o síndico, compram carro, criam filhos, mas não conseguem ficar sozinhas, nem por alguns dias. Só estão bem ao lado da pessoa amada.
Reeditando a mesma forma primária de vínculo com a mãe, o antigo medo infantil de ser abandonado reaparece. Se o amor é a solução de todos os problemas e se o convívio amoroso é a única forma de atenuar o desamparo, a pessoa amada se torna imprescindível.
Não se pode correr o risco de perdê-la. O controle, a possessividade e o ciúme passam, então, a fazer parte do amor. Tenta-se controlar o outro da mesma forma que a criança faz com a mãe, imaginando diminuir assim as chances de abandono.
A questão do ciúme está ligada à imagem que se faz de si próprio. Não sendo boa a impressão, há sempre o temor de ser abandonado pela pessoa amada ou trocado por outro. Quanto mais intenso o sentimento de inferioridade, maior será a insegurança e mais forte o ciúme. O caminho mais fácil é tentar restringir ao máximo a liberdade do outro.
Quem tem a autoestima elevada e se considera interessante e com muitos atrativos não supõe que será trocado com facilidade, e se a relação terminar, sabe que vai sentir saudade, vai ficar triste, mas também sabe que vai continuar vivendo sem desmoronar.
***
Você também vive um conflito amoroso e sexual? Escreva para blogdaregina@bol.com.br e conte sua história em até 12 linhas. Ela pode ser comentada aqui no blog e sua identidade não será revelada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.