Por que é possível uma paixão mexer com a gente 72 anos depois?
Klaas Prins e Geerte Valk eram adolescentes quando se conheceram na Holanda, em plena 2ª Guerra Mundial. Apaixonaram-se, mas logo tiveram que se separar. Klass foi para a guerra e depois veio viver no Brasil. Perderam contato. Após 72 anos, Klaas, viúvo de 89 anos, que vive numa cidade do Paraná, reencontrou Geert, 88, com ajuda de um programa de TV holandês, em 2016. Ela também está viúva e vive na Holanda. O casal se reencontrou e faz planos de reatar o romance.
Como se explica nos relacionarmos rapidamente com uma pessoa em determinado momento da vida e décadas depois, sem haver nenhum contato ela, sua importância ser enorme na nossa vida?
As razões podem ser variadas, mas o trabalho do sexólogo americano John Money nos aponta uma possibilidade. Ele denomina mapa amoroso um dos mecanismos pelo qual as pessoas são atraídas por alguém em particular. As crianças desenvolveriam esses mapas amorosos entre os cinco e oito anos de idade (às vezes antes), e mais tarde eles vão determinar o que desperta nossa sexualidade e por que nos apaixonamos por uma pessoa e não por outra. A relação com a família, professores, amigos, vizinhos, contribuem para isso, à medida que todas as experiências vividas vão nos afetando de diversas maneiras.
A forma como nossa mãe nos escuta ou nos repreende, o jeito do nosso pai brincar ou caminhar, o riso gostoso de uma tia, ou o mau humor do avô. A casa animada, cheia de amigos ou tranquila e silenciosa, aspectos da personalidade que apreciamos num professor ou detestamos num colega, e assim por diante. Algumas características nos atraem, outras repudiamos.
Quando crescemos, esses mapas influenciam nossas escolhas amorosas porque já temos prontos alguns elementos básicos do que desejamos num parceiro. Quando conhecemos uma pessoa, a voz dela, seu jeito de falar, suas amizades, seu senso de humor, seus interesses, suas aspirações. São milhares de coisas óbvias, e também minúsculos elementos subliminares atuam em conjunto para tornar essa pessoa mais atraente que outra. Ou mesmo inesquecível.
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