Vingança contra o parceiro que vai embora é sinal de ódio a si mesmo
Ilustração: Caio Borges
O jornal americano New York Times informa que vítimas de vingança na WEB, nos EUA, podem processar os autores se utilizando de assistência jurídica gratuita.
Holly Jacobs vive sob tensão desde 2009, quando se iniciou uma sucessão de ataques à sua imagem pública e privada. São atos de vingança na forma da postagem de suas imagens íntimas na internet. Os colegas de trabalho e mesmo seu chefe receberam, em seus computadores, imagens de Holly. É difícil avaliar todo o estrago causado, que pode ir de sua demissão até a perda de sua pós-graduação. Esse tipo de vingança é mais comum do que se imagina.
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A maioria das pessoas, felizmente, não se vinga do parceiro quando este não deseja mais continuar o relacionamento. É compreensível que a dor do abandono seja difícil de suportar, principalmente, porque naquele momento são reeditadas inconscientemente todas as situações de perda vividas anteriormente. Isso exacerba a dor do momento. A pessoa muitas vezes se fecha em si mesmo, e é difícil que alguém possa lhe ajudar.
O ato de quem agride o ser amado, porque o abandonou ou preferiu outra pessoa é a consequência da frustração de seu desejo de posse. Para a escritora uruguaia Carmen Posadas, quem se vinga delicia-se imaginando mil vezes o castigo que infligirá ao ser amado inventando roteiros de terror que não para de aperfeiçoar.
O que move a vingança é o ódio, fruto da rejeição. O amante rejeitado acredita que ninguém o amará, nunca mais. Odeia a si mesmo e à pessoa que nele provocou esses sentimentos. Como o ódio não tem o poder de refazer o passado, ele confia à vingança futura.
De qualquer forma, é fundamental que homens e mulheres reflitam sobre como se vive o amor na nossa cultura, principalmente no que diz respeito à dependência emocional e à possessividade, se quiserem ter uma vida mais satisfatória.
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