Sedução e conquista evoluíram com a emancipação da mulher
Ilustração: Caio Borges
Cleópatra se tornou rainha do Egito, no ano 51 a.C.. Aos 18 anos. A guerra ia mal para ela, quando o grande general romano Júlio César chegou à Alexandria e tomou o palácio real. Cleópatra resolveu então seduzi-lo, oferecendo-lhe seu corpo de rainha. Persuadiu um comerciante, Apolodoro, a contrabandeá-la para dentro do palácio, embrulhada num tapete, que seria presente para o romano. Quando, nos aposentos de César, o tapete foi desenrolado, Cleópatra saiu dele. César ficou tão fascinado, que Cleópatra logo o conquistou. O comportamento de Cleópatra não era padrão, afinal ela usufruía da liberdade e do poder de uma rainha. Ainda hoje, a maioria dos sedutores são homens.
Para o sociólogo italiano Francesco Alberoni há uma diferença fundamental entre o erotismo masculino e o feminino. Para ele, o primeiro é ativado pela forma do corpo, pela beleza física, pelo fascínio, pela capacidade de sedução.
Na mulher seria diferente: o erotismo profundamente influenciado pelo sucesso, pelo reconhecimento social, pelo aplauso, pela classificação no elenco da vida. O homem quer fazer sexo com uma mulher bonita e sensual. A mulher quer fazer sexo com um artista famoso, com um líder, com quem é amado pelas outras mulheres, com quem é respeitado pela sociedade.
Isso é fácil de entender se lembrarmos que as mulheres, durante milênios, para se sentirem protegidas, aprenderam a erotizar a relação com o poderoso. Mas, felizmente, as mentalidades estão mudando. A sedução perde grande parte do seu significado machista em uma sociedade em que as mulheres tornam-se mais livres do ponto de vista econômico e sexual.
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