Manter amizade com o "ex" é difícil por sua causa
Comentando a Pergunta da Semana
A grande maioria das pessoas que responderam à enquete acredita ser difícil manter amizade com os(as) ex. Os exemplos disso são muitos.
Sérgio estava casado com Lia há sete anos, e nunca quiseram ter filhos. Os amigos os consideravam um casal feliz. Eram amigos, companheiros e pareciam nunca brigar. Certo dia, Lia chamou-o para conversar e lhe contou que se apaixonou por outro homem e que queria se separar. Sérgio ficou bastante abalado e procurou ajuda terapêutica:
"Nunca pensei que um dia isso fosse acontecer. Tudo era ótimo na nossa vida. Nossa vida sexual era intensa e Lia sempre me dizia que nunca tinha sentido tanto prazer. Nas primeiras semanas após a separação, pensei que eu fosse morrer de tanta dor. Agora, já estou mais calmo, mas tem uma coisa que não entendo. Ela sumiu da minha vida completamente. É como se tivesse embarcado num disco voador e está morando em Marte. Não tenho nenhuma notícia dela. Ela não responde às minhas ligações. Como pessoas que já foram tão unidas, de repente deixam de ser amigas?"
Há uma coisa difícil de entender e que ninguém tenta explicar. É comum uma pessoa passar anos a fio ao lado de alguém, com muita intimidade, dividindo todos os momentos da vida e de repente, como se tivesse sido desligada da tomada, deixar de ter qualquer importância.
Não existe mais no campo afetivo do outro, aliás, a impressão é a de que nunca existiu. Na maior parte das vezes é assim que acontece com os ex casados. E o curioso é esse comportamento ser visto como natural.
Tudo bem que a vontade de continuar morando junto, se encontrando todos os dias, dormindo na mesma cama e, principalmente, de ter uma vida em comum tenha acabado. Mas se havia amor, se eram solidários e se preocupavam um com o outro, onde foi parar aquela amizade?
Mesmo que o desejo sexual e a emoção de estar perto não existam mais, e surjam novos interesses, o amor deveria continuar presente, embora em outro tipo de relação. Entretanto, os dois se transformam em estranhos, que mal se conhecem e não têm nada em comum. Por quê?
Numa vida a dois, investimos na relação, esperando que todas as nossas necessidades sejam preenchidas. Sentimo-nos protegidos e alimentamos a fantasia de que nada vai nos faltar. O parceiro amoroso se torna, então, imprescindível, parte da nossa vida. Mas a questão é que a importância que ele tem não é própria, mas trazida pelo vínculo amoroso, só perdurando enquanto existir a relação .
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.