Sex shop: em busca de mais prazer
Comentando a Pergunta da Semana
A maioria das pessoas que responderam à enquete da semana já utilizou objetos de sex shop na transa com o parceiro (a). Isso não causa espanto. Afinal, o número de sex shops não para de crescer. A cena de homens e mulheres, jovens ou não, procurando novidades nas vitrines das lojas já está se tornando comum e representa um grande avanço na liberdade sexual.
As mulheres representam 70% dos consumidores de sex shops espalhados pelo Brasil, e estão perdendo a vergonha de buscar um prazer mais intenso. Na masturbação ou na relação sexual, elas lançam mão dos mais diversos produtos e artigos: desde simples óleos de massagem, lubrificantes, géis térmicos, lingeries sensuais e fantasias, até os mais modernos vibradores.
Marta, tem 38 anos e está separada há seis. Experimentou pela primeira vez um vibrador quando conheceu Fábio num chat da internet e logo passaram a se comunicar por telefone.
"Quando eu transava por telefone comprei uma mão, com três pilhas no punho. O dedo do meio girava dentro da minha vagina e o dedão vibrava no clitóris. Tive orgasmos maravilhosos com a voz do Fábio no meu ouvido. Mas nunca pensei que iria usar um vibrador na transa ao vivo com alguém. Acho que os homens se sentem diminuídos, como se a mulher estivesse dizendo que seu pênis não é suficiente. Poucos se garantem e incentivam a mulher a ter mais prazer.
Depois da minha experiência por telefone, comecei a namorar o André. Ele é totalmente sem preconceitos e por isso não tive dificuldade de introduzir um vibrador na nossa transa. Comprei um em forma de pênis, com duas pilhas. Apesar de sempre ter tido orgasmos, tenho sentido um prazer que nem sabia que existia. Acho que é o orgasmo elevado à potência máxima. Devia até ter outro nome, de tão mais forte que é. Enquanto André me penetra, conduzo o vibrador no clitóris. Se as mulheres soubessem o prazer que podem ter, não iam nunca mais abrir mão de um vibrador na relação sexual com o parceiro."
No site www.museudosexo.com.br, idealizado pela psiquiatra e pesquisadora Carmita Abdo, encontramos o texto: "É bastante comum as pessoas acreditarem que para o exercício de uma sexualidade satisfatória e prazerosa baste a relação sexual com um parceiro em determinada periodicidade ou, em menor medida, a auto-estimulação por meio da masturbação. Entenda-se a relação sexual restrita à penetração vaginal ou anal e a prática do sexo oral, sem levar em conta o que está em seu entorno. Esta é a visão hegemônica do que é "normal" e "natural" no sexo.
No entanto, orbitam em torno do ato sexual propriamente dito vários fatores que promovem a estimulação, o desejo, a excitação e favorecem decisivamente a qualidade do prazer sexual. Dentre tais fatores podem ser citados o ambiente no qual há a relação sexual, um vestuário atrativo, um perfume, uma música, um odor, uma nudez sugerida ou completa, uma fantasia, um drinque, um filme romântico ou erótico, além da atração física ou dos laços de afeto entre os parceiros.
Alguns destes fatores têm diferentes impactos em cada pessoa, pois podem ser importantes para uns e indiferentes, desconhecidos ou inacessíveis para outros. A este conjunto de fatores que orbitam o ato sexual com parceiro e a masturbação soma-se o uso dos chamados brinquedos eróticos, cuja existência remonta ao antigo Egito, mas se consolidou como objeto de consumo apenas nas últimas duas décadas."
Apesar de ainda haver muito preconceito, o consumo de produtos eróticos está em franca expansão. "Os objetos são adquiridos por curiosidade, por brincadeira, para uso às escondidas ou por uma consciência positiva de benefício à própria vida sexual e/ou do parceiro. Dentre os mais procurados destaca-se o vibrador.
A aceitação desse aparelho como um dos fatores que auxiliam na qualidade da vida sexual de homens e mulheres vem desmistificando antigos receios. Cada vez mais pessoas reconhecem que o ato de se excitar e provocar uma reação orgástica por meio de um vibrador é uma experiência física tão básica e natural como o que se faz em outras formas de auto-estimulação ou estimulação feita por um parceiro.", afirma o texto no site do Museu do Sexo.
Não é difícil imaginar que em breve poderemos escolher o objeto que vai aumentar o nosso prazer em prateleiras de supermercado.
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