Essas são as mentiras contadas pelo tal do "amor romântico"
Universa
24/05/2018 10h12
Várias são as mentiras que o amor romântico impinge a homens e mulheres para manter a fantasia do par amoroso idealizado, em que duas pessoas se completam, nada mais lhes faltando. Entre elas, as seguintes afirmações:
— Só é possível amar uma pessoa de cada vez;
— Quem ama sente desejo sexual pela mesma pessoa a vida inteira;
— Quem ama não sente desejo sexual por mais ninguém;
— Há uma complementação total entre os que se amam;
— Os dois se transformam num só;
— O amado é a única fonte de interesse do outro;
— Cada um terá todas as suas necessidades atendidas pelo outro;
— Qualquer atividade só tem graça se a pessoa amada estiver presente;
— Todos devem encontrar um dia a "pessoa certa".
O amor romântico prega um conjunto de crenças, valores e expectativas, que determinam, mesmo inconscientemente, como devemos sentir e reagir no relacionamento com outra pessoa. O resultado dessas crenças na vida a dois é que, com frequência, um imagina o outro como na realidade ele não é, e espera dele coisas que ele não pode dar.
As expectativas e ideais do amor romântico são passados como a única forma de amor, e as pessoas aprendem a sonhar e a buscar um dia viver tal encantamento. Entretanto, como nenhuma delas corresponde à realidade, em pouco tempo de relação elas se decepcionam e se frustram.
Sobre a autora
Regina Navarro Lins é psicanalista e escritora, autora de 12 livros sobre relacionamento amoroso e sexual, entre eles o best seller “A Cama na Varanda”, “O Livro do Amor” e "Novas Formas de Amar". Atende em consultório particular há 45 anos e realiza palestras por todo o Brasil. É consultora e participante do programa “Amor & Sexo”, da TV Globo, e apresenta o quadro semanal Sexo em Pauta, no programa Em Pauta, da Globonews. Nasceu e vive no Rio de Janeiro.
Sobre o blog
A proposta deste espaço interativo é estimular a reflexão sobre formas de viver o amor e o sexo, dando uma contribuição para a mudança das mentalidades, pois acreditamos que, ao se livrarem dos preconceitos, as pessoas vivem com mais satisfação.