Dependência emocional e amor se confundem; é o seu caso?
A dependência emocional entre um casal é encarada por todos com naturalidade porque se confunde com amor. Essa dependência que se tem do outro pode levar as pessoas a continuarem juntas, acomodadas, dando a impressão de estarem anestesiadas. E quando alguém fica junto por hábito ou dependência emocional, não é raro desencadear um sentimento de ódio pelo outro, mesmo que inconsciente.
Para o psicoterapeuta americano Scott Peck, um erro comum sobre o amor é a ideia de que dependência é amor. Ele considera esse um conceito equivocado com o qual os psicoterapeutas se confrontam diariamente. O seu efeito verifica-se de um modo mais dramático em indivíduos que tentam ou ameaçam se suicidar ou se tornam deprimidos em reação à rejeição ou a uma separação do cônjuge ou de um amante.
Essa pessoa diz "Eu não quero viver, eu não posso viver sem o meu marido (mulher, namorada, namorado), eu amo-o tanto". Quando Peck responde, como faz frequentemente, "Isso é um erro, não ama o seu marido (mulher, namorado, namorada)", "O que é que quer dizer?" é a pergunta em tom irritado do paciente, "Acabei de lhe dizer que não posso viver sem ele (ou ela)".
O psicoterapeuta tenta explicar, "o que me descreve é parasitismo, não amor. Quando precisa de outra pessoa para sua sobrevivência, é um parasita dessa pessoa. Não existe escolha nem liberdade na sua relação. É mais uma questão de necessidade do que de amor. O amor é o exercício da escolha livre. Duas pessoas sentem amor uma pela outra apenas quando são capazes de viver uma sem a outra mas escolhem viver uma com a outra."
A dependência seria definida como a incapacidade de se sentir realizado ou de agir adequadamente sem a certeza de que se é motivo de cuidado para outra pessoa. A dependência em adultos fisicamente saudáveis é sempre uma manifestação de um problema emocional. Por fim, se continuam na terapia, todos os casais aprendem que a verdadeira aceitação da sua própria individualidade e da do outro e a independência são as únicas fundações sobre as quais se pode basear um relacionamento amoroso adulto.
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