"Pensei que me livraria de um marido autoritário me separando. Me enganei"
"Tenho 36 anos, um filho de oito, e estou separada há dois anos. Até eu me decidir pela separação, o processo foi bem difícil, mas acreditei que a partir de então estaria livre de um marido déspota. Hoje, vejo como me enganei. Trabalho muito, mas não consigo arcar sozinha com o aluguel, colégio do filho, plano de saúde e todas as outras despesas. Isso significa que sou obrigada a me comunicar com ele. A minha vida está um inferno. Qualquer coisa que lhe desagrade é pretexto para desaparece no final do mês, sem pagar a metade da despesa, e me deixar cheia de dívidas. Quando reaparece é pra me controlar o tempo todo. Não posso namorar nem trazer amigos em casa."
***
Desde cedo somos levados a acreditar que a vida só tem graça se encontrarmos um grande amor. Se acontece, a expectativa é a de que vamos nos sentir completos para sempre, nada mais nos faltando. Isso é impossível, evidente, mas as pessoas se esforçam para acreditar e só desistem depois de fazer inúmeras concessões inúteis.
E quando a frustração se torna insuportável, então se separam. Em alguns casos o ódio surgido entre o casal resulta do sentimento de ver traída a expectativa que tanto alimentaram. Imaginavam que através da relação amorosa se colocariam a salvo do desamparo, e que encontrariam a mesma satisfação que tinham no útero da mãe, quando os dois eram um só.
Além disso, deixar de ser amado ou desejado afeta a autoestima, e as inseguranças reaparecem. A pessoa se sente desvalorizada, duvidando de possuir qualidades. E para piorar tudo, na maioria dos casamentos, homens e mulheres abrem mão da liberdade e da independência, tornando-se mais frágeis em caso de ruptura.
Assim, o parceiro rejeitado não é o único a sofrer. Quem não deseja mais permanecer junto, tem que, muitas vezes, limitar a própria vida para não provocar situações constrangedoras por conta das mágoas do ex parceiro.
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