É possível ser feliz sozinho? Claro que sim!
Desde cedo aprendemos que só é possível ser feliz tendo uma relação amorosa fixa e estável. Claro que não é verdade, mas as pessoas insistem em acreditar, apesar do sofrimento que isso gera. Para a maioria, a vida a dois numa relação desse tipo é insatisfatória. Tantas foram as transformações das últimas décadas, que é difícil resistir aos apelos da sociedade atual. A questão é que somos desde cedo condicionados a buscar a realização afetiva dessa forma. A necessidade de se ligar profundamente a uma única pessoa é tida como verdade absoluta.
E é por isso que homens e mulheres procuram incessantemente um par amoroso, pagando qualquer preço para mantê-lo. Acredita-se que para alcançar a aceitação social, temos que agir igual aos outros. Todos, então, se tornam parecidos e desejam as mesmas coisas. As particularidades de cada um desaparecem, chegando a um ponto em que não dá mais para saber o que realmente se deseja ou o que se aprendeu a desejar.
Que o ser humano necessita se unir e se comunicar com outras pessoas não há dúvida. Mas isso não significa que ele tenha, necessariamente, que se relacionar com uma pessoa de forma exclusiva. Quando alguém diz que não quer viver sozinho, está se referindo a não ter um parceiro amoroso. Aí reside o equívoco. Para as pessoas que se submetem aos valores impostos, a possibilidade de viver bem sem uma relação amorosa romântica parece impossível.
Para viver bem sozinho é necessário desenvolver a autonomia pessoal. Isso implica não só em adquirir uma nova visão do mundo, do amor e do sexo, mas também não depender mais do amor exclusivo de alguém para manter a autoestima elevada. Principalmente, porque assim se abre espaço para criar com os amigos vínculos tão profundos, que fazem com que se sintam amparados afetivamente. Sem dúvida, pertence cada vez mais a um passado distante a música de Tom Jobim que diz: "É impossível ser feliz sozinho…".
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