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Regina Navarro Lins

Mitos e lendas sobre a vagina

Universa

03/05/2018 18h41

Imagem: iStock

Na internet dos Estados Unidos e Reino Unido circula uma lenda sobre a vagina morta, que aborda a diminuição da sensibilidade da vagina após o uso frequente de vibradores. Isso impossibilitaria o orgasmo tanto com aparelhos quanto com o parceiro.

Não é difícil imaginar que a autonomia sexual que as mulheres conquistaram nas últimas décadas propiciou mais essa invenção para limitar o prazer delas no sexo. Não há nada que comprove cientificamente a existência da Síndrome da Vagina Morta.

Em torno do órgão sexual feminino há vários mitos inexplicáveis. Os aborígines da Nova Zelândia acreditam que "a vulva destrói o homem". Os nativos da região central da Austrália atribuem poder de fogo à vagina, o que tornaria mortal a penetração peniana. Chamam-na de "casa da morte e da desgraça" e "buraco destruidor".

Há algum temor e assombro pelo pênis do homem, mas nada que se compare à vagina. Nos mitos, a vagina é representada alternadamente como força devoradora, devastadora, insaciável. Na Índia, inúmeras lendas falam de mulheres cuja vagina está cheia de dentes. O pênis do homem seria decepado por tal monstruosa boca, ou seja, a "vagina dentada" ameaça devorar o poder do homem.

Hoje, apesar de essas crenças sobre a vagina e a sexualidade feminina serem vistas como absurdas, para muita gente, no inconsciente, elas parecem ainda exercer enorme influência.

Sobre a autora

Regina Navarro Lins é psicanalista e escritora, autora de 12 livros sobre relacionamento amoroso e sexual, entre eles o best seller “A Cama na Varanda”, “O Livro do Amor” e "Novas Formas de Amar". Atende em consultório particular há 45 anos e realiza palestras por todo o Brasil. É consultora e participante do programa “Amor & Sexo”, da TV Globo, e apresenta o quadro semanal Sexo em Pauta, no programa Em Pauta, da Globonews. Nasceu e vive no Rio de Janeiro.

Sobre o blog

A proposta deste espaço interativo é estimular a reflexão sobre formas de viver o amor e o sexo, dando uma contribuição para a mudança das mentalidades, pois acreditamos que, ao se livrarem dos preconceitos, as pessoas vivem com mais satisfação.

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