"Meu marido faz terrorismo comigo porque ganho mais que ele"
"Sempre ganhei mais que meu marido, e isso pra mim nunca foi problema. Mas de uns tempos pra cá tem ficado difícil na nossa relação. Depois de dois anos desempregado, conseguiu um trabalho em que ganha muito menos que eu. Desta vez ele tem tido reações que eu não conhecia: tenta sempre me "derrubar", fazer com que eu me sinta insegura e, por qualquer motivo, se torna irônico e me critica."
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Há casais em que os ressentimentos dominam a relação, e eles não são capazes de se unir nem de se separar. Encontramos com frequência relações amorosas em que há luta pelo poder. Muitas vezes, o poder, que se mascara como amor, assume um papel bem importante na união de duas pessoas.
O psicoterapeuta americano Michael Miller, estudioso do tema, diz que se observam em relacionamentos com essa característica duas pessoas preocupadas em atacar a segurança ou a autonomia uma da outra, provocando recíproca ansiedade. Apesar de nenhuma delas estar preparada para abrir mão do relacionamento, cada uma tem como objetivo tomar o controle dele.
Em sua busca de poder na relação atacam-se os pontos mais vulneráveis do parceiro. Usam-se ameaças, alimentam-se o medo e a dúvida, de forma a paralisar a vontade do seu oponente. Cada troca de palavras tem um significado diferente do que aparenta, numa tentativa de prolongar a batalha pelo controle.
Alguns casais vivem assim quase o tempo todo. Muitos deles passam a vida juntos, frios um com o outro, sem comunicação, talvez com frequentes explosões – como duas pessoas que se esforçam para evitar brigas "por causa das crianças" ou para não escandalizar os vizinhos, mas, acima de tudo, para manter o casamento mais ou menos intacto. Quando falam de separação, é mais uma tática de intimidação do que a de real intenção de se afastarem.
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