"Depois que ele gozou, ficou olhando a camisinha com sêmen. Me esqueceu"
"Eu e meu marido nos separamos após oito anos de relação. Pensei que agora, solteira, viveria um sexo intenso, de muita entrega, o que não ocorria no casamento. Conheci um homem, na casa de amigos, e começamos a namorar. Quando fomos a um motel, fiquei desanimada. Logo depois que ele gozou, esqueceu que eu existia. Em vez de se ligar em mim, ficou um tempão contemplando a camisinha com seu sêmen. Olhava orgulhoso, e ficava falando sozinho, elogiando a quantidade de sêmen. Me senti péssima…se pudesse teria largado ele lá e ido embora. Não sei se continuo essa relação."
***
É difícil de acreditar, mas a sexualidade típica do machão é assim mesmo: impessoal, estereotipada, limitada. Cumprir o papel de macho é o principal objetivo. Trocar afeto e prazer com a parceira é secundário.
Importante mesmo é o pênis ficar ereto, bem rígido e ejacular bastante. A mulher, para tal homem, só é interessante como meio de lhe proporcionar esse prazer que, na realidade, não tem nada a ver com prazer sexual.
Homens e mulheres foram inibidos na sua capacidade para o prazer sexual. As mulheres tiveram sua sexualidade reprimida e distorcida, a ponto de até hoje muitas serem incapazes de se expressar sexualmente, muito menos atingir o orgasmo.
Os homens, por sua vez, também tiveram a sexualidade bloqueada. A preocupação em não perder a ereção é tanta que fazem um sexo apressado, com o único objetivo de ejacular. A mulher acaba se adaptando ao estilo imposto pelo homem, principalmente por temer desagradá-lo. Resultado? Nenhum dos dois usufrui do prazer que um bom sexo proporciona.
Peso que a saída seja homens e mulheres se unirem e se libertarem da mentalidade patriarcal, que oprime a ambos os sexos. Ainda bem que nem todos aceitam o roteiro do macho e cada vez mais homens, em todo o mundo, tomam consciência da desvantagem desse papel e empreendem a desconstrução e a reconstrução da masculinidade.
Quem sabe se dessa forma as relações afetivas e sexuais se tornam mais plenas? Talvez o sexo insensível, considerado viril, passe a ser coisa do passado, e ninguém mais veja graça na anedota que diz que nenhum dos parceiros sente prazer na primeira experiência sexual, mas que o menino atinge o orgasmo no dia seguinte… quando conta a seus amigos.
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