De Cinderela a Valente: o que as histórias infantis trazem de bom?
Acredito que os contos de fadas tragam prejuízos às crianças. O mais grave é a ideia de que as mulheres, como em Cinderela, só podem ser salvas da miséria, ou melhorar de vida, por meio da relação com um homem. As meninas vão aprendendo, então, a ter fantasias de salvamento, em vez de desenvolver suas próprias capacidades e talentos.
Entretanto, as mentalidades estão mudando. É o que mostra novos desenhos animados em que as personagens femininas são fortes e independentes, e de forma alguma buscam encontrar um homem para viver um romance e que dê significado à sua vida. "Nosso destino está dentro de nós, você só precisa ser valente o bastante para vê-lo". Está sentença da personagem Merida, sintetiza o argumento da animação Valente, dos Estúdios Disney.
Merida é uma princesa escocesa, filha do rei Fergus. Sua mãe, a rainha Elinor, busca adaptá-la aos padrões que a sua estatura dentro do Reino exige. Tenta lhe ensinar boas maneiras, a história do reino, lições para que se torne uma boa rainha, e espera que ela se case. Mas a princesa Merida é diferente; não quer se casar e nem ser igual à sua mãe. Ela quer poder viver o seu próprio destino, e não aquele que a mãe e as outras pessoas do reino esperam dela.
Apreende as habilidades, que só os homens exercitam naquelas paragens e época. A habilidade, por exemplo, com o Arco e Flecha. Todos os jovens do reino querem ganhar o seu coração e tornarem-se reis ao se casarem com ela. É criado um campeonato de arco e flecha para escolher o indicado, mas, após vários atiradores chegarem perto do centro do alvo, é Merida quem faz o melhor acerto.
Nesse sentido, Valente ultrapassa as narrativas tradicionais do gênero, apresentando uma jovem que não deseja encontrar o príncipe encantado e compete em pé de igualdade com os homens. O resultado positivo de toda essa mudança é que, no Ocidente, cada vez menos mulheres, se dispõem a ajustar sua imagem às exigências e necessidades masculinas.
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