"Sei que é perigoso, mas busco o orgasmo enquanto me sinto asfixiar"
"Tenho 28 anos e não sinto mais graça em fazer sexo com minha namorada, com poucas variações de prazer. Principalmente, agora, que descobri uma forma de prazer que considero insubstituível. Ao mesmo tempo que sei que é perigoso, não consigo deixar de buscar o orgasmo enquanto de alguma forma me sinto asfixiar."
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A asfixia é resultado da compressão dos vasos sanguíneos, que diminuindo o oxigênio no cérebro, provoca uma sensação de tontura e início de desmaio. É extremamente perigoso; alguns segundos a mais a pessoa fica inconsciente e pode morrer.
Já em 1791, o Marquês de Sade descreve num romance o caso de um homem que se enforca tentando experimentar o êxtase sexual. Nos Estados Unidos estima-se que o número de mortes por asfixia seja de 500 a 1000 por ano. A idade média é de 26 anos e é comum que eles sejam encontrados vestidos com algumas peças de roupa feminina.
Há alguns anos, os jornais noticiaram a estranha morte de um deputado do partido conservador inglês, de 45 anos. O corpo foi encontrado no chão da cozinha de sua casa em Londres, com um saco plástico enfiado na cabeça e uma corda em torno do pescoço. Ele estava inteiramente nu, exceto por um par de meias femininas e ligas de couro.
Ao que tudo indica, ele apertou demais a corda em torno do pescoço enquanto se masturbava. Como muitos adeptos dessa prática fazem para se preservar, ele tomou o cuidado de colocar uma laranja na boca, para mantê-la aberta caso perdesse os sentidos. Mas dessa vez não teve sorte.
Que dor e prazer são sensações intensas e às vezes a fronteira entre os dois não é marcada com nitidez, parece claro. Alguns, como a historiadora americana Riane Eisler, acreditam que, como a erotização da violência e da dominação foi central na construção social do sexo, a maioria de nós se excita, em graus variados, com esse tipo de fantasia.
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