"Propus a ele abrirmos a nossa relação. Ele não disse nada, mas se afastou"
"Tenho 35 anos e moro junto com meu namorado há oito. Somos amigos, companheiros e nosso sexo é ótimo. Como sinto vontade de me relacionar também com outros homens, há alguns meses propus a ele abrirmos a nossa relação, ou seja, cada um transar com quiser sem cobranças ou controle do outro. A partir de então nossa vida ficou complicada. Ele se distanciou….até que um dia ele me avisou que estava se relacionando com outra mulher e estava saindo de casa para morar com ela. Fiquei magoada porque em nenhum momento ele me disse que não aceitava abrir a relação."
***
Quando analisamos o passado do amor, constatamos que os comportamentos amorosos e sexuais, e as expectativas em relação à própria vida a dois, são bem diferentes em cada período da História. Apesar de todos os ensinamentos que recebemos desde que nascemos – família, escola, amigos, religião – nos estimularem a investir nossa energia sexual em uma única pessoa, a prática é bem diferente. Não são poucos os que, sem que o parceiro saiba, mantêm relações extraconjugais.
A primeira frase que lemos no site Rede Relações Livres (RLi) é esta: "Uma rede social no mundo real com o desafio de desatar o nó da monogamia. Vivemos a multiplicidade sexual e afetiva e pensamos nisto como um direito humano." Os coordenadores do site lançaram o livro Relações Livres – uma introdução, que é produto do movimento que gerou o Relações Livres do Brasil, iniciado em 2006, no Rio Grande do Sul. Os autores vivem relações livres há muitos anos.
Durante muito tempo, todos tiveram que se enquadrar em modelos. Quem não fizesse isso seria discriminado. Agora, vivemos um momento em que os padrões tradicionais de comportamento amoroso não dão mais respostas satisfatórias. Com isso, abre-se um espaço para cada um escolher a sua forma de viver. Se uma pessoa quiser ficar casada 40 anos e só fazer sexo com o parceiro, não há problema. E se alguém quiser ter três parceiros estáveis ao mesmo tempo, também está tudo certo.
Não é simples mudar a maneira de pensar e viver. Apesar da insatisfação que muitos sentem, é mais fácil se agarrar ao que já é conhecido. Afinal, o novo assusta, o desconhecido gera insegurança. O futuro do amor exige mais que nos livremos do passado do que nos acostumemos com o novo presente.
***
Você também vive um conflito amoroso e sexual? Escreva para blogdaregina@bol.com.br e conte sua história em até 12 linhas. Ela pode ser comentada aqui no blog e sua identidade não será revelada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.