Feminismo: a palavra do ano
Marchas das Mulheres em Washington (EUA), em janeiro de 2017. Crédito: AFP
A história da mulher é constante luta contra a opressão. Desde que o sistema patriarcal se instalou, há cinco mil anos, as mulheres sofreram todo tipo de constrangimento familiar e social. Foram humilhadas, menosprezadas, escravizadas e constantemente utilizadas como forma de prazer para os homens. Os progressivos direitos adquiridos são resultado de muitos anos de luta. O século 20 é marco do início da participação efetiva das mulheres na sociedade.
Em 1963, a americana Betty Friedan havia lançado A mística feminina, estudo em que analisa o vazio na mulher dona-de-casa, que se perguntava: "É isso a minha vida? A vida doméstica é uma mentira, somos prisioneiras do papel tradicional de esposas, mães, mulher do lar, dependentes economicamente".
No mesmo ano houve as marchas pelos direitos civis em Birmingham, Alabama, e do discurso de Martin Luther King Jr. "Eu tenho um sonho", em Washington. Em 1964, o presidente Lyndon Johnson assinou a Lei dos Direitos Civis, que incluía uma proibição contra a discriminação sexual no emprego.
Foi dentro deste contexto de grande consciência política que o movimento feminista nasceu. Em 1966, foi fundada a Organização Nacional para as Mulheres (National Organization for Women), e Betty Friedan foi sua primeira presidente.
Hoje sabemos que o movimento pelos direitos iguais entre homens e mulheres não é interesse apenas das mulheres – os homens também ganham com essa nova realidade. Afinal, a educação machista que muitos meninos recebem causa grandes prejuízos a eles. Homens que definem as relações humanas em termos de papéis rígidos "masculino-superior" e "feminino-inferior", assim como os que definem sua identidade masculina em termos de controle, violência e repressão dos afetos, apresentam, em muitos casos, sérias dificuldades afetivas e sexuais.
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