Ser egoísta no sexo reduz possibilidade de prazer pela metade
Ilustração: Caio Borges
O manual francês do casamento do Dr. Auguste Debay, do século 19, informa que "fingir o orgasmo é uma maneira da esposa se sacrificar pela família." Não sei as mulheres desse período fingiam com a eficiência que certa vez a atriz americana Candice Bergen descreveu: "Respiração funda, girar a cabeça nas duas direções, simular um ataque de asma e morrer um pouco."
As grandes transformações na moral sexual fizeram com que homens e mulheres não acreditassem mais que o ato sexual seja pecado. Mas os antigos tabus ainda persistem de forma inconsciente, fazendo com que o sexo continue sendo um problema complicado e difícil, com muitas dúvidas. Fantasias, desejos, temores, vergonha e culpas ocupam um tempo enorme na vida da maioria das pessoas.
Enquanto isso, grande número de mulheres não tem orgasmo e se desilude com a objetividade do homem. Quanto aos homens, o desempenho sexual se torna bastante ansioso, podendo levar a bloqueio emocional e disfunções como impotência e ejaculação precoce. Homens e mulheres são capazes de conseguir mais da própria vida sexual.
Para o psicoterapeuta e escritor Roberto Freire, ser livre no sexo é primeiro admitir que ele seja uma relação com iguais direitos, possibilidades e satisfação de seus desejos. O egoísmo no sexo reduz apenas à metade a possibilidade do prazer. O prazer produzido no outro é tanto quanto o que é produzido em nós. "A frase seria assim: goza-se também e muito com a liberdade sexual do outro."
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