"Continuamos casados, mas moramos em casas separadas. Isso pode dar certo?"
Ilustração: Caio Borges
"Tenho 50 anos e me separei por motivos de convivência e divergências de ideias e objetivos. Mas nos damos bem. Somos amigos e bons amantes. Propus a ele de continuarmos casados, mas morando em casas separadas. Nos vemos quando dá vontade e os horários batem. Essas coisas… Mas a proposta inclui que haja o mesmo respeito de antes, saídas para dançar, jantar etc. Você acha que pode dar certo?"
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Não são poucos os casais que vivem numa relação fechada, que pode servir de proteção do mundo exterior. É comum ambos se tornarem dependentes um do outro e do próprio relacionamento, o que muitas vezes leva a uma difícil convivência. Alcançar um equilíbrio entre autonomia e dependência não é nada simples. Há casos em que morar em casas separadas pode ser uma boa solução.
Durante muito tempo as pessoas tiveram que se enquadrar em modelos. Ser casado e cada um viver no seu canto era impensável. Ninguém duvida que, desde a década de 1960, com o surgimento de métodos contraceptivos eficazes, grandes transformações começaram a ocorrer no amor, casamento e sexo.
Valores aceitos durante milênios como verdades absolutas estão sendo questionados, por não darem mais respostas satisfatórias. Abre-se um espaço então para que cada um escolha sua forma de viver. É necessário coragem para experimentar o novo, o que muita gente não ousa por insegurança e medo. Fica mais fácil se agarrar aos padrões de comportamento conhecidos apesar de todas as frustrações.
O desejo crescente, que se observa em homens e mulheres, de participar de relações amorosas nada tradicionais é provavelmente consequência da diminuição do ideal de fusão com o parceiro, em que os dois têm de estar sempre juntos, característica do amor romântico.
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