Swing por obrigação
Comentando o "Se eu fosse você"
A questão da semana é o caso da internauta que o marido insiste em incluir o swing e outras formas de sexo com várias pessoas. Isso já está afetando o relacionamento do casal.
"O desejo não é mais inexplicável que o gosto. Ao longo dos séculos tem sido extraordinariamente flexível e versátil, servindo a causas opostas, desempenhando papéis muito diferentes na história, como um ator a um só tempo cômico e trágico, às vezes papéis simples, que reproduzem estereótipos corriqueiros, e outras vezes papéis experimentais, complexos, deliberadamente misteriosos. Isto sugere que outras alianças, outros excitamentos, também são possíveis.", diz o historiador inglês Theodore Zeldin.
Durante séculos o sexo foi alvo de muitos preconceitos. Para as mulheres foi permitido apenas no casamento, e mesmo assim, só para a procriação; o prazer do homem deveria ser procurado fora de casa. Durante o ato sexual, uma única posição era permitida: o homem estendido sobre a mulher, ela deitada de costas de pernas abertas, a famosa papai-e-mamãe.
Até os anos 60 essas ideias predominaram, mas a descoberta da pílula anticoncepcional mudou as mentalidades. Pela primeira vez na história o sexo se dissociou da procriação, podendo se aliar ao prazer. E as pessoas passaram a buscar cada vez mais o prazer sexual.
Vivemos um período de grandes transformações no mundo, e, no que diz respeito às relações amorosas o dilema atual parece se situar entre o desejo de simbiose com o parceiro e o desejo de liberdade para novas experiências.
Contudo, penso que algumas coisas nunca vão valer no sexo: constranger o outro, insistir para que faça algo que não tem vontade. No sexo só vale o que é prazeroso para os dois. Esse é um critério que não tem erro ao ser adotado. Mesmo porque, qualquer coisa que se faça por obrigação ou só para agradar tem seu preço cobrado depois, e pode ser altíssimo.
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