As frequentes relações extraconjugais
Comentando a Pergunta da Semana
A maioria das pessoas que responderam à enquete da semana terminaria uma relação se descobrisse que seu parceiro (a) transou com alguém.
Entretanto, são muito comuns as relações extraconjugais. E isso ocorre apesar dos conflitos, medos e culpas, da expectativa dos parentes e amigos, dos costumes sociais, e dos ensinamentos estimularem que se invista toda a energia sexual em uma única pessoa — marido ou esposa.
O pesquisador Alfred Kinsey afirmou a esse respeito: "A preocupação da biografia e da ficção do mundo, em todas as épocas e em todas as culturas humanas, com as atividades não-conjugais de mulheres e homens casados, é evidência da universalidade dos desejos humanos nessas questões."
Mas ter relações fora do casamento não é tão simples. O conflito entre o desejo e o medo de transgredir pode ser doloroso. "As estatísticas mostram que no sexo feito à tarde é quando ocorre maior incidência de infartos, mas isso acontece porque é nesse período do dia em que se dão os encontros fora do casamento. A relação extraconjugal pode ser mais excitante, mas transgredir, estar preocupado se tudo vai dar certo, são situações que podem gerar ansiedade.", me disse certa vez o médico cardiologista Carlos Scherr.
O duplo padrão do adultério – homem pode, mulher não – está desaparecendo. Durante cinco mil anos os homens acreditaram ser somente deles esse direito. Mas começam a pensar diferente. A pílula anticoncepcional, possibilitando o movimento de emancipação feminina e a revolução sexual, foi fundamental para a mudança das mentalidades.
Uma pesquisa realizada com 106 mil leitoras da revista americana Cosmopolitan no início dos anos 80 indicou que 54% das mulheres casadas tiveram pelo menos um caso extraconjugal, e a pesquisa de Shere Hite, na mesma época, abrangendo 7239 homens, relatou que 72% dos casados há mais de dois anos tiveram relações extraconjugais. Estes dados, tanto para mulheres quanto para homens, foram depois verificados por outros pesquisadores.
A pesquisa que fiz no meu site comprova os resultados apresentados por Hite. Mais de mil pessoas responderam. Dessas, 72% declararam já ter tido relações extraconjugais. E Anthony Thompson, do Instituto de Tecnologia da Austrália Ocidental, argumenta que a probabilidade de que o marido ou a mulher terão um caso possa ser tão alto quanto 76%.
A exclusividade sexual é a grande preocupação de homens e mulheres. Mas ninguém deveria ficar preocupado se o parceiro se relaciona sexualmente com outra pessoa. Homens e mulheres só deveriam se preocupar em responder a duas perguntas: Sinto-me amado (a)? Sinto-me desejado (a)?
Se a resposta for Sim para as duas, o que o outro faz quando não está comigo não me diz respeito. Sem dúvida as pessoas viveriam bem melhor.
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