Quando se é trocado por outro
Comentando o "Se eu fosse você"
A questão da semana é o caso da internauta que foi "trocada por outra". Geralmente, o maior medo de quem está vivendo uma relação amorosa é esse mesmo. Por isso é que há tanto controle do parceiro, e o ciúme passa a fazer parte do dia-a-dia do casal. Mas se a troca realmente acontece, o sofrimento é intenso e é difícil elaborar essa perda. A falta da pessoa amada provoca uma sensação de vazio e desamparo. Fomos ensinados a acreditar que apenas o parceiro amoroso é capaz de nos garantir não estar só, de ser amado e de ser uma pessoa importante, aumentando nossa autoestima.
Quando o parceiro prefere outra pessoa para viver ao seu lado, quem é excluído se sente profundamente desvalorizado, com a autoestima bastante comprometida. Acredita que falhou em alguma coisa e que sua falta de atrativos foi a grande responsável. Imagina que a pessoa escolhida é muito mais interessante, mais bonita, mais inteligente e melhor na cama.
É comum numa situação de rejeição serem reeditadas inconscientemente todas as rejeições sofridas desde a infância, exacerbando a dor do momento. Sem que se perceba, se chora naquela perda todas as outras anteriores. Entretanto, se a pessoa não depende tanto de apreciações externas para alimentar sua autoestima, pode ficar triste, sofrer pela perda, mas sabe que vai continuar vivendo e experimentar novas relações amorosas.
Os homens suportam menos do que as mulheres a dor de se saber trocado por outro. Além de tudo o que a mulher sofre, ele ainda tem que tolerar a censura social por não ter correspondido ao ideal masculino da nossa cultura de força, sucesso e poder. Não ter conseguido segurar a própria mulher, se reveste da dramática ideia de que não foi "macho" o suficiente, principalmente na cama. Muitos homens, desesperados, partem para agressões físicas ou entram em depressão.
Contudo, ser trocado por outro não significa que se é inferior. Em muitos casos, a troca ocorre porque a pessoa objeto da nova paixão possui algum aspecto que satisfaz inconscientemente uma exigência momentânea do outro, sem haver uma vinculação necessária com o parceiro rejeitado.
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